domingo, 16 de dezembro de 2018

DEVASSIDÃO DE AMAR


O amor é um desvario,
um desejo incontido,
fingindo ser seguro.
De minha alcova que se faz
meu coração em frestas,
rótulas rasas...

Buscando uma fenda de luz
que d’antes via na libertinagem
uma pretensa libertação
que a alma se esvaia,
roto nas lânguidas grotas etílicas
dos delitos de minha contenda...

Percepção que o mundo
não reflete nos flashes
que a Alvorada se ausenta
e renega adentrar em minha alcova!
Devora-me, ó Leviatã dos desejos incontidos...
Suprimidos

Destituístes de mim uma perspectiva
em que um dia pretensamente
busquei resgatar no enclave da devassidão
tudo aquilo que outrora, amada liberdade,
no olho do furacão chamada:
Solidão!!!