quarta-feira, 2 de setembro de 2020

AULA "INTERDISCIPLINAR" SOBRE PROTÓTIPO DE FOGUETE ESPACIAL

Hoje pela manhã no Bom Dia Mirante, jornal local, vi essa reportagem sobre uma escola particular evangélica, Colégio Adventista, em Santa Inês-MA, que retomou um projeto de aula "interdisciplinar" sobre Foguetes Espaciais... e Conseguiram uma participação virtual com o Ministro da Ciência, Tecnologia Comunicações e Inovações, o Coaching Marcos Pontes.

É importante esta iniciativa, mas precisamos fazer algumas críticas acerca do conteúdo programático e metodológico que foi produzido com o tema bem atual e controverso que é a política do Programa Espacial Brasileiro.

Mesmo que seja para aluno do nono ano do ensino fundamental, vi com muita limitação essa relação interdisciplinar que foi constituída...

Tentarei expor aqui:

Em nível de interdisciplinaridade, vi uma limitação ao desenvolver somente conteúdo voltado para o aspecto técnico (matemática, química e física) para analisar a possibilidade de uso do artefato do foguete... apesar de também trabalhar a arte, no entanto, ficou restrito à fase estética de composição dos foguetes, como mera elaboração do artefato...

Não houve nenhuma preocupação de criticidade dos impactos geográficos, históricos e sociais no que tange o Programa Espacial Brasileiro...

A linguagem pelo que se deu a metodologia está dentro de uma perspectiva neopositivista que atribui somente para um legado desenvolvimentista do capitalismo que não absorve as contradições em torno do programa espacial...

Vivemos um conflito territorial em Alcântara com os direitos quilombolas invisibilizados em detrimento o Programa Espacial Brasileiro que em suas práticas é mero enclave de mercado espacial que os EUA que garantir a manutenção do monopólio e hegemonia global.