terça-feira, 26 de janeiro de 2021

A Universidade Federal do Maranhão sendo entusiasta de um Programa Espacial que prega o Racismo Institucional

 Hoje, ao me deparar com uma postagem no instagram da AGEUFMA (Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-graduação e Internacionalização da UFMA) que relaciona do o entusiasmo dos avanços institucionais do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), para obter um retorno positivo em investimentos de mercado privado que tem características dentro do processo neoliberal transnacional, porém, simulando um discurso de desenvolvimento regional local pela FIEMA com o Programa de Desenvolvimento Integrado para o Centro Espacial de Alcântara (PDI-CEA). 

No entanto, a postagem em momento algum reconhece o conflito territorial/fundiário entre o Estado brasileiro e as comunidades quilombolas de Alcântara que se arrastam desde a instalação do CLA... E não percebe que para se atingir um verdadeiro Desenvolvimento Regional Local, deve-se prioritariamente superar este conflito que é a pedra angular! 

Segue abaixo o Print da publicação referida e a transcrição de um questionamento que lancei como provocação para discussão!!! 



Transcrição de meu questionamento: 

<< A UFMA apoiaria a definição territorial Quilombola de Alcântara defendendo-os de outro deslocamento compulsório como ocorrido na década de 1980 em detrimento da expansão do CLA para consolidação do CEA? O PDI-CEA é um desdobramento do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB) que visa expropriar o território Quilombola para tentar consolidar o CEA, inclusive o CDPEB tentou avançar em 27 de março de 2020, início da Pandemia o processo de desestruturação territorial Quilombola com a Resolução n. 11... Essa é a premissa de Racismo Institucional em nome de um pretenso progresso tecnológico? Sou mestre em Desenvolvimento Socioespacial e Regional (PPDSR/UEMA) e minha dissertação de 2019, vencedora do Prêmio UEMA de Tese e Dissertações de 2019 trata desta denuncia acerca do conflito territorial em Alcântara. >>


A FIEMA tem um interesse de mercado mas como havia falado, dentro de uma perspectiva neoliberal transnacional e de enclave aos interesses imperialistas dos EUA, principalmente quando pronunciou parabenizando a Assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre o Brasil e os EUA. Uma demonstração de subserviência e perda de Soberania Nacional, além de definir uma relação de Racismo Institucional pelo conflito territorial que está se acirrando com a tentativa de expansão do CLA para consolidar o CEA. 

Modelo de Desenvolvimento Tecnológico através da Colonialidade do Poder! 


Na descrição do Outdoor: "Uma nova perspectiva de desenvolvimento para o Maranhão" (?)

É espantoso e até criminoso esse posicionamento da FIEMA em homenagem ao AST!