quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

SOBRE O PROGRAMA ARTEMIS

 


UMA NOTA SOBRE UM ARTIGO PUBLICADO NO FACEBOOK SOBRE O PROGRAMA ARTEMIS DO RETORNO DO HOMEM À LUA EM 2024 E O ENVIO DA PRIMEIRA MULHER:


Para aqueles que sempre criticaram do Programa Espacial Brasileiro (PEB) e que sempre sonhou em integrar uma unidade com os EUA com o primeiro e malfadado AST de 2001 e com o consolidado AST de 2019...
Não sabe que também os EUA sofrem conflito estatal nos planos espaciais... não é a toa que nos últimos tempos, os EUA entregaram para a iniciativa privada...
Na Gestão Trump, acreditava-se que solucionariam e retomariam de maneira integrada Estado e iniciativa privada a retomada da Nova Corrida Espacial...
Mas não é bem assim o que se apresenta:

Trecho do Artigo publicado pela página "Homem do Espaço"

PROGRAMA ARTEMIS - UMA PROMESSA COMPLICADA - I


"(...)
A NASA falhou em tomar decisões difíceis e em eladorar um plano sólido. Esses fatos são os principais motivadores do fraco apoio ao Artemis no Congresso dos Estados Unidos. O resultado é revelador: pelo segundo ano consecutivo, a NASA obtém menos do que precisa para o projeto.
(...)


Artigo completo da primeira parte no link abaixo:





Atualizando (24/12/2020):



Atualizado (28/12/2020):








Atualizado (30/12/2020):





quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

MAIS CHARGES

03 de SETEMBRO 




09 de OUTUBRO






14 de NOVEMBRO









quinta-feira, 22 de outubro de 2020

BREVE DISCUSSÃO EPISTÊMICA ACERCA DA CIÊNCIA COMO PREMISSA DE COMBATE À IDEOLOGIA BOLSONARIANA

A pretensão inicial deste breve ensaio se dá às polêmicas levantadas esta semana da compra ou não da vacina chinesa por parte do desgoverno Bolsonaro que ainda se choca com as diretrizes globais de combate à Pandemia.

Uma coisa é certa: tudo está vinculado à discussão da economia política; nada se isola da discussão na economia política dentro do sistema capitalista!

Agora o que se pesa é a interpretação que as pessoas se colocam dentro das contradições do Sistema!

A ANVISA nessa polêmica que se formou em que Bolsonaro dizer não comprar mais vacinas da China para contrapor sobressaltos a Doria (governador de SP), ela tenta se colocar de fora dessa “disputa política”, em uma neutralidade epistêmica ao dizer que a Ciência está acima de tudo...






(JN, 22/10/2020)

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Precisamos abrir aqui uma observação: Quando é conveniente, Bolsonaro usa uma "narrativa" em defesa da pretensa "Ciência" e necessidade de uma certificação segura em suas instâncias de Agências Reguladoras... e se mantém fiel a uma "narrativa/discurso" de "Soberania Nacional/do Estado" ao se pronunciar não se condicionar o "povo brasileiro" a se tornar cobaia... No entanto, abriu a "porteira" para a imposição imperialista dos EUA com o estabelecimento da Hidroxicloroquina enviada pelos EUA como medida de imposição e afronta a todos os protocolos da Luta contra a Pandemia! 


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Manter essa narrativa de neutralidade epistêmica da Ciência para sobrepor à ideologia neofascista do “negacionismo epistêmico e anti-intelectualíssimo”, e que será muito difícil se isolar dessa “querela política” criada por Bolsonaro, haja vista a ANVISA ser uma agência controlada pelo executivo (vide as trocas de Ministros da Saúde para estipular o controle desequilibrado de Bolsonaro sobre a Pandemia) 

Em nota, os secretários estaduais de saúde apresentaram suas convicções: 


Fonte: https://globoplay.globo.com/v/8960508/

O problema é que as convicções pessoais de Bolsonaro estão em curso...

Essa guinada repentina de Bolsonaro vetar a compra da vacina chinesa contra a Covid-19 tem uma relação direta de pressão dos EUA com a semana de definição do Acordo Bilateral da Comissão de Relações Econômicas e Comerciais Brasil-EUA (ATEC), em nada tem a ver se a China institucionalmente em sua constituição se colocar ainda como “Comunista”, haja vista ela ser soberana e tem sua prerrogativa em definir sua constituição, qualquer tentativa de outro país (EUA) em querer impor um modelo de constituição a outro é rasgar qualquer princípio liberal constitucional de soberania, é agir como um país imperialista. Temos que perceber que o que acontece de fato é uma disputa global de monopólio entre potências capitalistas de fato, pois a China a muito tempo aderiu à economia de mercado!

Essa tentativa de desconstruir essa pretensa neutralidade epistêmica da Ciência até ressoa de forma distorcida para a esquerda, principalmente da linha marxista para tentar se opor a essa anomalia que estamos vivenciando com a onda neofascista. Um exemplo que identifiquei esses dias foi o chamado em um post nas redes sociais de uma Live de Mário Maestri: 



"Ciências Históricas", isto é uma categorização na academia que forçou a barra... não existe essa necessidade!

Se for pra querer se diferenciar do atual cenário da pós-verdade que o neofascismo vem atacando a cientificidade, até nisso é cair na tentação de colocar o fator ciência acima da vida como algo que o positivismo sempre fez e que vinculado ao sistema capitalista sempre travou grilhões para a humanidade romper com este sistema verticalizado... a ciência por exemplo no tempo do “antigo regime” vinculava aos déspotas esclarecidos a hegemonia do poder absoluto em uma sociedade em decomposição prestes ao assalto revolucionário da burguesia vigente... O liberalismo ganhou status quo com a Revolução Francesa e no século XIX o positivismo definiu as bases científicas para toda a composição da sociedade ocidental e até hoje influencia nossa sociedade de maneira verticalizada e centralizada o domínio da ciência em todas as esferas da vida humana...

E até mesmo o Marxista mais ortodoxo sabe que a cátedra da academia é a representação da superestrutura do sistema capitalista... porém a contemporaneidade do marxismo ainda está vinculada à ideologia do progresso ao fetichismo do “determinismo tecnológico”, como referenda inclusive István Mészáros... MÉSZÁROS define como instrumentalização do paradigma do “determinismo tecnológico” atribuídos a Kautsky e Bukharin como “distorções mecânicas da concepção marxiana” (MÉSZAROS, 2011b, p. 47).

De acordo com o conceito de “Determinismo tecnológico” de Mészáros (2011b, p. 47): “uma interpretação mecanicista não dialética entre ‘estrutura global e suas ‘microestruturas’, sem as quais somente seria possível falar de algum agregado caótico de elementos díspares, e não de uma totalidade social em desenvolvimento, com tendências identificáveis próprias”. [página 15 de minha dissertação]

Para Proudhon: “Todos os socialistas modernos invocam a ciência única e indivisível, mas sem poder colocar-se de acordo sobre o conteúdo nem sobre os limites nem sobre o método dessa ciência; os economistas, por sua vez, afirmam que a ciência social não é outra senão a economia política. (...) Poderia ocorrer, pois, que a economia política, apesar de sua tendência individualista e suas afirmações exclusivas, fosse parte constitutiva da ciência social, na qual os fenômenos que ela descreve seriam como pontos de referência primordiais de uma vasta triangulação e os elementos de um todo orgânico e complexo. Desse ponto de vista, o progresso da humanidade, indo do simples para o composto, seria inteiramente conforme à marcha das ciências e os fatos discordantes, e tantas vezes subversivos, que hoje formam o fundo e o objeto da economia política, deveriam ser considerados por nós como tantas outras hipóteses particulares, sucessivamente realizadas pela humanidade em vista uma hipótese superior, cuja realização resolveria todas as dificuldades e, sem ab-rogar a economia política, desse satisfação ao socialismo” (PROUDHON, Tomo I, p. 55). [p. 18 da minha dissertação]

Então, vamos deixar de fazer um maniqueísmo neste momento conjuntural de ciência x conservadorismo como se isso viesse libertar a humanidade de exploração histórica!!!

Maurício Tragtenberg escrevendo na Introdução do livro de Mikail Bakunin - Federalismo, Socialismo, Antiteologismo, Editora Cortez (1988) - faz a seguinte afirmação:

(...) No entanto, embora valorize a ciência, Bakunin lembra que esta deve subordinar-se à vida, pois tudo "é infinitamente mais extenso, mais amplo, mais profundo e mais rico do que a ciência, e jamais será por ela esgotado" (BAKUNIN, op. cit., p.49)

Com tudo relacionado dentro desta análise conjuntural da crise epistemológica que este desgoverno Bolsonaro tenta consolidar a agenda ultraliberal, precisamos avançar para além da “economia política” superando as contradições do capitalismo para formação de uma economia social, em que nada está acima da vida!

Como indica Proudhon, a ciência exige a insurreição do pensamento, ou seja, o contraponto da autoridade que engessa o saber pela liberdade crítica. (...) A insurreição do pensamento é assim um ato de ruptura com o poder e busca pela ciência, que longe de adquirir sua cientificidade da neutralidade, produz essa cientificidade pela sua relação de antagonismo/engajamento ou não nas estruturas de poder e regimes de verdade que esta estrutura impõe ou invizibiliza, e com os planos do real e do vivido que apreende e no qual se institui. (FERREIRA, et al., 2016, p. 37)

O paradigma da teoria anarquista clássica compreende dois sistemas, a dialética proudhoniana e o materialismo bakuninista. Essa teoria se desenvolveu não somente sob a forma de saber científico, mas de saber político e saber perceptivo do mundo exterior. As experiências das tradições populares rebeldes, das revoluções e das opressões foram fundamentais para a constituição da teoria anarquista clássica como um tipo de saber científico. (FERREIRA, et al.,2016, p. 56) Grifos meus [p. 19 da dissertação]

A própria “economia política” está condicionada a um “organismo complexo” de uma “economia social”[1] que precisa romper um processo de desenvolvimento tecnológico monopolizado que sequer beneficiará o Estado brasileiro, mas somente aos interesses do capitalismo internacional em que os EUA se apresentam na “guerra comercial” com a China:

“A ciência em geral é o conhecimento racional e sistemático daquilo que é.

Aplicando esta noção fundamental à sociedade, diremos: a ciência social é o conhecimento do racional e sistemático não do que foi a sociedade, nem do que ela será, mas sim do que é em toda a sua vida, isto é, do conjunto de suas manifestações sucessivas: pois, é somente aí que pode haver razão e sistema. A ciência social deve abraçar a ordem humanitária, não apenas em tal ou qual período de sua duração, nem em alguns de seus elementos, mas em todos os seus princípios e na integralidade de sua existência: como se a evolução social, espalhada no tempo e no espaço, se encontrasse de repente reunida e fixada num quadro que, mostrando a série das eras e a sequência dos fenômenos, descobrisse seu encadeamento e unidade. Essa deve ser a ciência de toda a realidade viva e progressiva; essa é incontestavelmente a ciência social.” (PROUDHON, Tomo I, p. 55). [p. 110 da dissertação]



____________________

[1] Conforme destaca PROUDHON: “Se, portanto, a economia social é ainda hoje mais uma aspiração rumo ao futuro que o conhecimento da realidade, deve-se reconhecer também que os elementos desse estudo estão todos contidos na economia política; é creio exprimir o sentimento geral ao dizer que essa opinião se tornou a da imensa maioria dos espíritos. O presente encontra poucos defensores, é verdade, mas o desagrado pela utopia não é menos universal: e todos compreendem que a verdade está numa fórmula que conciliaria estes dois termos: conservação e movimento” (PROUDHON, Tomo I, p. 67) [p. 110 da minha dissertação].

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

AULA "INTERDISCIPLINAR" SOBRE PROTÓTIPO DE FOGUETE ESPACIAL

Hoje pela manhã no Bom Dia Mirante, jornal local, vi essa reportagem sobre uma escola particular evangélica, Colégio Adventista, em Santa Inês-MA, que retomou um projeto de aula "interdisciplinar" sobre Foguetes Espaciais... e Conseguiram uma participação virtual com o Ministro da Ciência, Tecnologia Comunicações e Inovações, o Coaching Marcos Pontes.

É importante esta iniciativa, mas precisamos fazer algumas críticas acerca do conteúdo programático e metodológico que foi produzido com o tema bem atual e controverso que é a política do Programa Espacial Brasileiro.

Mesmo que seja para aluno do nono ano do ensino fundamental, vi com muita limitação essa relação interdisciplinar que foi constituída...

Tentarei expor aqui:

Em nível de interdisciplinaridade, vi uma limitação ao desenvolver somente conteúdo voltado para o aspecto técnico (matemática, química e física) para analisar a possibilidade de uso do artefato do foguete... apesar de também trabalhar a arte, no entanto, ficou restrito à fase estética de composição dos foguetes, como mera elaboração do artefato...

Não houve nenhuma preocupação de criticidade dos impactos geográficos, históricos e sociais no que tange o Programa Espacial Brasileiro...

A linguagem pelo que se deu a metodologia está dentro de uma perspectiva neopositivista que atribui somente para um legado desenvolvimentista do capitalismo que não absorve as contradições em torno do programa espacial...

Vivemos um conflito territorial em Alcântara com os direitos quilombolas invisibilizados em detrimento o Programa Espacial Brasileiro que em suas práticas é mero enclave de mercado espacial que os EUA que garantir a manutenção do monopólio e hegemonia global.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

UM ESTUDO DE SEMIÓTICA DO PODER: PROGRAMA DE HABITAÇÃO LULA x BOLSONARO

 Não deixa de ser uma premissa populista de ambos os programas: 



Mais um elemento que poderíamos apontar na análise da estética dos logotipos: a casa em perspectiva em 3D ilustrada no logo do programa "Minha Casa Minha Vida" trás uma dimensão mais concreta que a abstração representada em 2D do programa "Casa Verde e Amarela" que acaba trazendo uma discussão da ideologia Olaviana que Bolsonaro sustenta, anti-científica do "Terraplanismo". 


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

ESQUERDA PARA ALÉM DA INSTITUCIONALIDADE e PÓS-MODERNIDADE

Eu fico indignado quando tem estas questões de colocar a Esquerda somente no viés institucionalizado (partidos, sindicatos,...) e que a partir dessa premissa coloca em crise política... Típico da direita e principalmente de seus instrumentos de dominação da superestrutura ideológica, no caso a mídia em geral! 

É o caso dessa postagem que se encontra abaixo printada que identifiquei hoje no Yahoo!

Mas isso também resvala na compreensão deformada da própria esquerda que parte dela se enveredou na pós-modernidade do identitarismo que segmentaram as lutas sociais pela crise dos paradigmas que passamos no limiar de nossa contemporaneidade, em que a luta de classes foi abandonada e que o mesmo paradigma fica em seus ostracismo ortodoxo anacrônico que não percebe a necessidade de incorporar tais pautas identitárias... é uma questão dialética e práxis social!

Uma não pode ignorar a outra - luta de classes e identidades - pois, ignorando desta premissa dialética, fica impossível superar o conflito real que vivemos em nossas contradições!!!

Venho de uma formação cultural encorporada nas lutas sociais, com o movimento hip hop militante do Quilombo Urbano e também do movimento anarcopunk da ULMA em que a cultura/contra-cultura sempre esteve mobilizada na luta de classes!!!!

A Esquerda é bem maior e mais orgânica quando ela rompe com tais abstrações institucionais que prezam somente o interesse corporativo de se absolver no sistema que nos corrompe!!!!

E outra, pessoas que dizem não ser de "esquerda ou direita" é categórico que é absolvido pelo Sistema Opressor, que inevitavelmente é de direita que quer manter o Status Quo!




quinta-feira, 20 de agosto de 2020

COMEMORAÇÕES DE AGOSTO

 DIA DO FILÓSOFO (16)






DAI DO HISTORIADOR (19)


É emblemático, pois este ano, Bolsonaro tentou vetar o PLS 368/2009, com o texto substituído SCD/2015) de regulamentação da profissionalização de Historiador... Só que o Congresso Nacional agora no dia 12 do mês em curso derrubou o veto e Bolsonaro teve que sancionar... AGORA É LEI!




quarta-feira, 19 de agosto de 2020

quinta-feira, 11 de junho de 2020

SELO DA FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES: ESTÉTICA DO OURO DE TOLO


É surpreendente como cada vez mais está claro e escancarada a forma como o Desgoverno Bolsonaro se define como Neofascista pois ataca diretamente a cultura do povo brasileiro...
Redefinir a instituição da Fundação Cultural Palmares (FCP), sendo que desde sua criação apresentou distância com a realidade étnica dos problemas que o Brasil carrega secularmente, para desestruturar diretamente o Movimento Negro é a forma mais perversa de demonstrar um Racismo Institucional.
A deformidade da FCP é proposital e para gerar polêmicas que para muitos é mera luta de narrativas, mas na realidade é estrutural e quem não enxerga o crescimento deste neofascismo terá profundas dificuldades de reerguer esta sociedade.
No dia 28 de maio, a FCP lançou uma nota pública para explicar o uso do selo Palmares, mas por esses dias a NOTA PÚBLICA sumiu do site oficial:





O modelo do layout da FCP





FICA DIFÍCIL ENTENDER A METODOLOGIA DESTE SELO, QUE EM SUA ESTÉTICA, PARECE CUNHADA COMO "OURO DE TOLO"!

Metodologia esta que nega o caráter de Herói do Povo Negro, ZUMBI DOS PALMARES, e que representa como Líder do Quilombo dos Palmares, eleva ao panteão de luta de emancipação da escravidão e racismo historicamente constituído pela colonização portuguesa e contemporaneamente com o Racismo Institucional do Estado brasileiro, deformando o próprio nome da instituição!

Vivemos doravante guiados em um mundo de Pós-Verdade! Mas a Pós-Modernidade não vencerá!


Sendo assim, resolvi desenvolver um layout de protesto a esta afronta:


CARTÃO POSTAL com o Selo Capitão do Mato carimbado pelo "Santo do Pau Oco". Pau Oco pelo sentido que o selo da FCP representa o Ouro de Tolo que na época colonial brasileira era traficado geralmente dentro de estátuas de santos chamados de "Santo do Pau Oco". 









Recentemente, a ex jogadora de volei, Ana Paula Henkel, entusiasta de Trump, polemizou com umas críticas deturpadas a respeito dos protestos realizados nos EUA em relação ao Assassinato de George Floyd pela Polícia dos EUA. 


(Atualização em 17/06/2020 às 11h25):

O Racismo Institucional mais explícito no Desgoverno Bolsonazi fica cada vez mais complicado de se combater o Racismo Estrutural...

Não são meras "bravatas" que tentam colocar os ataques sistemáticos e de afronta da elite conservadora brasileira.
Recentemente o Ministro da Deseducação foi bem enfático em um pronunciamento que em sua gestão ele nunca deixará que as ciências humanas como antropologia, sociologia e filosofia tenham espaço na dimensão institucional da educação pública....
Bolsonaro também vera o Projeto Lei n.º 4699/12 de regulamentação da profissão de Historiador.






quarta-feira, 10 de junho de 2020

PARTICIPAÇÃO DO VOLUME 5 DA ANTOLOGIA SOTURNOS

Dias atrás, domingo dia 31/05 na Webradio Soturna Sintonia no programa Hora Soturna, a Editora Círculo Soturnos anunciou em seu programa o resultado dos poetas aprovados para participação do Volume 5 da Antologia Soturnos!

E é com grande satisfação que fui contemplado em permanecer nesta importantíssima Antologia que estou participando essencialmente nos quatro primeiros volumes!

LISTA DOS APROVADOS NO SITE OFICIAL


LINK DA PÁGINA HORA SOTURNA



MUITA SATISFAÇÃO!!!

sábado, 30 de maio de 2020

BOZO LIGHTYEAR - Ao Abismo... e amém!


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Ilustração desenvolvida com desenho à mão finalizada em Vetor no Illustrator CC 2019

sábado, 18 de abril de 2020

ARTIGO QUE FUI CONVIDADO A PARTICIPAR SOBRE MINHA PESQUISA


O Jornalista e político do PT Luiz Pedro de Oliveira e Silva me convidou para escrever um artigo sobre o caso do conflito territorial em Alcântara entre as Comunidades Quilombolas e o Estado brasileiro sobre a expansão do CLA:




sexta-feira, 17 de abril de 2020

AS CONTRADIÇÕES NO PROCESSO DE EXPANSÃO DO CLA EM TERRITÓRIO QUILOMBOLA

Precisamos aprofundar as contradições que historicamente persistem com as tratativas de expansão do CLA para consolidação do Centro Espacial de Alcântara (CEA)

Polêmica que existia também na época da Empresa Binacional (Brasil - Ucrânia) Alcântara Cyclone Space, com o Diretor da ACS, Roberto Amaral, depois de Audiência Pública em 2009 com as Comunidades Quilombolas que afirmou categoricamente que não mais ampliariam em área quilombola e toda operação de Consolidação do CEA estaria dentro da própria área já ocupada pelo CLA...


Abaixo, um link para o vídeo da Audiência Pública em que o Diretor da ACS da época, Roberto Amaral anunciou a não continuidade de expansão do CLA em área quilombola de Alcântara:




O Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o Coach Marcos Pontes, também afirmava categoricamente em Seminário promovido pelo Governo do MA no dia 15 de abril do ano passado que também a consolidação do CEA não se estabeleceria com expansão do CLA...

A diferença destes dois momentos (2009 x 2019), é que o Movimento Quilombola, para além da articulação de uma disputa de judicialização, enfrentaram com verdadeira Ação Direta através de novas Barricadas e Desobediência Civil quando da tentativa de obras irregulares promovidos por parte da ACS em 2008...

Existe também nesta segunda fase pós homologação do AST, que se o Estado brasileiro não conseguir avançar com a expansão do CLA no território quilombola, haja uma transferência do Programa Espacial Brasileiro em se tratando desta questão do CLA em outro território no Brasil... Porém, isso não se esgota nas contradições deste programa que se reduziu a um mero enclave de interesse imperialista estadunidense...

O momento atual está na definição da consolidação da segunda fase do Programa Espacial Brasileiro denominada de “Planos Locais”, conforme apresentado pelo Ten Cel Alessandro Sorgini D'amato – Emaer – Fab em palestra do XXI Curso de Extensão sobre Defesa Nacional realizado em maio de 2019 em Natal/RN que tem como premissa “Momento de tratar das restrições e planos para Comunidades locais”. (XXII CEDN, 2019, p. 59) Em apresentação de um fluxograma, Ten Cel Alessandro Sorgini D'amato esclarece que a não superação do conflito fundiário/territorial poderá ocorrer uma mudança de localização para a consolidação do CEA. Uma definição é certa, o CEA se estabelece em uma condição sine qua non da expansão territorial, como apresentado no fluxograma na “Fase 3 – Operações”, caso obtenha a confirmação da superação do conflito territorial dentro da perspectiva do Estado brasileiro de uso do território das comunidades quilombolas.

FIGURA 01: Fluxograma do Setor Espacial Brasileiro





Atualmente é necessário para além da Luta Judicial pelo Protocolo de Consulta Prévia haja novamente a retomada da Ação Direta e Desobediência Civil para vencer esta atrocidade do Desgoverno Bolsonaro!!!

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Este artigo escrito por: Artêmio Macedo Costa, historiador e Mestre do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional PPDSR/UEMA

P.S.: Parte deste artigo estou concluindo a revisão com minha orientadora para envio de publicação em Revista Digital Acadêmica. 

quarta-feira, 1 de abril de 2020

sábado, 21 de março de 2020

E-BOOK DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD

Satisfação de um trabalho de editoração eletrônica em e-book que desenvolvi, consequente de sua publicação anterior impressa que também havia desenvolvido.

Disponibilizado livro 
"Teatro de animação para sala de aula e ação cultural" 
no site da EDUFMA
(Clique na imagem para abrir o site para download)

quinta-feira, 12 de março de 2020

A perda de Soberania Nacional brasileira frente ao "Novo Imperialismo"* dos EUA




(Epígrafe usada no capítulo 3 de minha dissertação)


As pessoas não entendem a natureza geopolítica em que os EUA sempre tratou a América Latina como Colônia Contemporânea, como bem explica Anibal Quijano com o paradigma da "Colonialidade do Poder".

O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) assinado em março de 2018 é um marco que define toda esta relação atual em que Bolsonaro busca consolidar estes atuais acordos militares que foram assinado na atual viagem esta semana que se passou nos EUA...

Quando o Congresso Nacional negou um debate amplo sobre o AST, como ocorrido em 2002/2003, protocolando pedido de Urgência, demonstrou-se claramente a subserviência em se curvar às exigências de pressão dos EUA. A entrega da Soberania Nacional estava bem clara e a atual conjuntura reitera esta relação imperialista! 

Outdoor instalado em frente à sede da FIEMA, na Av. Jerônimo de Albuquerque, próximo ao retorno da Cohama

As empresas nacionais acreditam que vão ter acesso às migalhas destes acordos, porém, o atual cenário apresentado, com a EMBRAER privatizada e entregue para a Boeing demonstram que além do lucro ser transferido para os EUA, haverá perda de Soberania Nacional com setor estratégico uma vez anunciado por esses dias que o acordo de compra de 75 aeronaves "Super Tucano" deverá ser produzida em fábricas nos EUA. Isso é fator de transferência de tecnologia, ao contrário do que se tem no AST para uso do Centro de Lançamento de Alcântara!

Este relato que exponho surgiu ao ler um artigo na internet do ex-chanceler Celso Amorim, ao indagar se "Teremos direito de comprar ferro velho" com base nos últimos acordos estratégico/militares assinados por Bolsonaro nos EUA.
É FUNDAMENTAL QUE A POPULAÇÃO BRASILEIRA REAJA A ESTE DESMONTE DE NAÇÃO E NÃO ESPERE DE NENHUMA ESFERA INSTITUCIONAL, PRINCIPALMENTE DO MILITARISMO QUE TENTA ENGANAR A POPULAÇÃO DE QUE UMA INTERVENÇÃO MILITAR SEJA A SAÍDA, HAJA VISTA, BOLSONARO SER O PRINCIPAL ELO ENTRE O DESMONTE DA SOBERANIA NACIONAL COM O INTERESSE IMPERIALISTA DOS EUA.

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* "Novo Imperialismo entendido aqui no uso do paradigma do geógrafo estadunidense David Harvey.

Este artigo escrito por: Artêmio Macedo Costa, historiador, Mestre em Desenvolvimento Socioespacial e Regional PPDSR/UEMA

terça-feira, 10 de março de 2020

A retomada da Agenda Neoliberal com a ALCA: o avanço do "Novo Imperialismo" dos EUA

O imperialismo dos EUA não iam deixar barato a derrota do primeiro Acordo de Salvaguradas Tecnológicas (AST) pretendidos com a gestão de FHC que estava iniciando a política neoliberal no Brasil.

O primeiro AST Brasil-EUA foi negado pelo Congresso Nacional no início da gestão do PT em 2003 com o legado de defesa da "Soberania Nacional.

Mas ao contrário do que se pensa, o PT não deixou te ter uma política "neonacional-desenvolvimentista", conforme o conceito do cientista político Lúcio Flávio Rodrigues de Almeira, pois, nos bastidores políticos permaneceram sob apontamentos de futuros acordos e um possível acenamento de retorno à pauta dp Programa Espacial Brasileiro (PEC) do AST.

E isto foi evidenciado até no governo Dilma Rousseff em 2011 com a assinatura de um Acordo Quadro, conhecido também como "Acordo Guarda-Chuva", para definição de uma estrutura padrão para vários acordos, dentre eles, acordos espaciais. Acordo este promulgado no Governo Temer em 2018, herança de um Golpe Parlamentar contra Dilma Rousseff.

(fragmento de minha dissertação)

Mas neste artigo, quero apresentar que este interesse de retomar o AST já reintegrado à política neoliberal no Desgoverno Bolsonaro, homologado em 2018, tem uma relação direta com este alinhamento bilateral histórico e que já escrevi em artigo anterior neste blog.

Em 2002, quando do primeiro AST apresentado no Brasil houve também o questionamento da política imperialista dos EUA sobre a América Latina com a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).

A América Latina constituída em uma grande unidade progressista, mesmo que liberal, conseguiu barrar o avanço das duas pautas aqui no Brasil um grande Plebiscito Nacional contra a ALCA e o AST em 2002/2003 no Fórum Social Mundial (FSM).

A ALCA oficialmente foi arquivada pelos EUA em 2005.

Contudo, o setor político progressista na América Latina nos últimos anos, sofreu um profundo golpe com influências direitas e indiretas dos EUA, legando a acensão da ultra-direita nos principais países da América Latina, em especial no Brasil com o Bolsonarismo.

Em uma reportagem no Jornal Hoje da Globo desta terça-feira, anunciou a posição de Jair Bolsonaro em visita aos EUA que pretende retomar um acordo bilateral, ressuscitando a discussão da ALCA. Jair Bolsonaro apresentou a proposta de um acordo bilateral inicial com os EUA para diminuição de impostos nos produtos de insumos de alimentos e combustível como a carne de porco e o etanol, mas Trump indicou que precisa ser apresentado em uma forma mais ampla, geral.


É o que o Brasil sempre se condicionou em trabalhar com commodities no setor primário e isso não se diferenciará com o AST sobre o  CLA de Alcântara em que apresento em minha pesquisa de mestrado que o setor espacial brasileiro se condicionará a um mero enclave comercial de monopólio dos EUA através de "commodities tecnológico".

O mais intrigante que eu já havia denunciado esta questão, sendo que de maneira ainda sem uma oficialidade e de um aparente desajustamento de informação emitido pelo Senador Roberto Rocha fazendo lobby do AST em uma entrevista no Jornal Bom Dia Maranhão Primeira Edição na TV Mirante de 23 de agosto de 2019.

O Senador foi enfático ao afirmar que a ALCA estava já em vigor...

Segue a narrativa aos 5' 39'' da reportagem:

- São Luís está localizado no meio da "ALCA", área de Livre Comércio das Américas!

E assim descrevi em minha publicação de denúncia em minha página do Facebook em 23.08.2019:

COMPLETO ABSURDO E DE DESINFORMAÇÃO que só faz lembrar uma questão da psicologia chamada ATO FALHO, pois, a ALCA nunca foi consolidada e em 2002 fizemos nacionalmente uma campanha de Plebiscito contra a ALCA e contra a entrega da do CLA para os EUA na primeira tentativa do AST...

Pois bem, Roberto Rocha ao querer atribuir esse ATO FALHO, trás à tona o verdadeiro interesse dele entreguista anti-nacionalista e associar a ALCA é colocar o AST dentro da mesma prerrogativa de 2002.


(Segue aqui o link para acesso em minha publicação com a reportagem anexo)

As ingênuas pretensões de um presidente subalterno como Bolsonaro ao querer constituir o Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ao se retirar do tratamento especial da OMC deixando de se declarar de "economia emergente, em desenvolvimento" já se demonstra que o Brasil será um mero enclave dentro dos interesses da geopolítica imperialista dos EUA que tem como modelo contemporâneo ao que Aníbal Quijano denomina da "Colonialidade do Poder". O máximo que o Brasil terá é a prerrogativa de "primo pobre" ao estilo Clã da "Família Buscapé".

Precisamos urgentemente reagir ao avanço sistemático do "Novo Imperialismo" estadunidense dentro do conceito de David Harvey, frente ao modelo neoconservador neofascista que assombra globalmente a humanidade e assim proporcionarmos uma desconstrução através do "Giro Decolonial" pretendido!



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Escrito por Artêmio Macedo Costa: Historiador, mestre em Desenvolvimento Socioespacial e Regional do PPDSR/UEMA

SUBMISSÃO "PATRIÓTICA": o caso de submissão comercial-militar bolsonariana

Esta semana, Bolsonaro está nos EUA para fechar um acordo militar histórico bilateral para investimentos na indústria bélica. 

O grande problema está na submissão em que os EUA impõem perante a forma como o Brasil deve investir internamente neste incremento comercial-militar.



Devemos relembrar por exemplo que no recente Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) assinado em Março de 2019 para uso do CLA pelos EUA, é um acordo de natureza pacífica. Porém a tecnologia aeroespacial é dual (civil-militar) e os EUA tem um grande interesse em ampliar também investimentos globais no poderio militar espacial. Os EUA com o AST proibiu do Brasil em utilizar os recursos do referido acordo para fins de estratégia militar. Submissão patriótica escancarada. 


(apresentação de minha dissertação)




Todos estes acordos firmados, para o Estado brasileiro, não podemos dissociar frente ao Programa Espacial Brasileiro (PEB) em que se busca alcançar participação do ciclo completo de lançamento de foguetes e do comércio global espacial. E o AST fez parte do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB), pelo GT2-Salvaguardas Tecnológicas, que esteve em vigor oficialmente de março de 2018 até o dia 24 de fevereiro de 2020.


Hoje também foi anunciado com base neste pacote de Submissão "patriótica", os EUA pretendem comprar 75 aviões militares de modelo "Super Tucano" pela EMBRAEL. Mas devemos lembrar que a empresa foi vendida para a empresa privada estadunidense Boeing que controla 80% das ações. E devemos lembrar que a Boeing é uma das principais empresas globais que dominam comercialmente o setor aeroespacial.

Este interesse que os EUA querem que os aviões sejam produzidos em solo estadunidense, tem um único intuito de transferência de tecnologia e que os mesmos querem impedir com o uso do CLA.


Devemos também lembrar que esta relação da EMBRAER é muito emblemática, ela está relacionada ao CDPEB através do GT4-Empresa Pública (ALADA), pois em relatórios preliminares, a EMBRAER foi tratada como exemplo estratégico/comercial, no entanto, o que se aponta é que o Estado brasileiro está reiteradamente abandonando sua política espacial para se tornar um mero enclave comercial-militar do "Novo Imperialismo" dos EUA. 

(fragmento de minha dissertação)


Está bem claro como o Estado brasileiro vem sucumbindo todo seu programa espacial em detrimento das pressões que os EUA vêm impondo dentro de uma retomada de domínio global.

É de extrema urgência que venhamos a constituir uma luta contundente contra este avanço imperialista em território, não só de natureza de "soberania nacional", mas, sobretudo, para a defesa territorial quilombola de Alcântara, ameada com o avanço da pretensa "consolidação" do Centro Espacial de Alcântara (CEA) com a segunda fase do PEB, pós assinatura do AST.




ATUALIZADO (31/03/2020): 

Para confirmar o que apontei acima em minhas pesquisas, o Desgoverno Bolsonaro em uma Resolução n.º 11 de 26/03 e publicado no Diário Oficial da União dia 27/03, define, apesar de mencionar no "Art. 4º Aprovar as diretrizes destinadas a orientar a elaboração do Plano de Consulta às comunidades quilombolas do município de Alcântara, Estado do Maranhão, com vistas a atender ao estabelecido na Convenção nº 169, da Organização Internacional do Trabalho" já aponta como decisória a definição de transferência das comunidades quilombolas:

É imprescindível perceber tais contradições em uma construção de narrativa do documento como algo democrático, porém, já impositivo em seu deslocamento, repetindo erros históricos que ocorreram na época ainda da Ditadura Militar nos anos 1980 com os primeiros deslocamentos compulsórios de comunidades remanescentes quilombolas para 07 Agrovilas. Um Desgoverno que sistematicamente louva a Ditadura Militar como marco de desenvolvimento. No entanto temos de fato na atualidade o desmonte da Democracia, pois as comunidades quilombolas de Alcântara já a anos vêm desenvolvendo uma construção de seu Protocolo de Consulta e até hoje nunca foram solicitados para uma proposição horizontal sobre o conflito fundiário/territorial. Desde o primeiro Instrumento Institucional (GEI-Alcântara de 2003-2007) certa forma participaram mas de maneira tímida e paliativa, sendo que neste segundo Instrumento Institucional (CDPEB de 2018 a atualidade) nunca tiveram um acento oficial e até agora negligenciaram os seus trabalhos sistematizadosno Salão Paroquial de Alcântara nos dias 01 e 02 de agosto de 2019. 


Segue abaixo o link para o Documento Base do Protocolo Comunitário sobre Consulta e Consentimento Prévio, Livre e Informado (CCPLI) das Comunidades Quilombolas de Alcântara/MA:





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Escrito por Artêmio Macedo Costa: historiador e mestre em Desenvolvimento Socioespacial e Regional PPDSR/UEMA