terça-feira, 5 de outubro de 2010

PROTESTOS CONTRA A IMPLANTAÇÃO DO POLO SIDERÚRGICO NA ILHA DE UPAON AÇU










A "ILHA GRANDE" torna-se pequena frente ao descaso e desmando das estruturas de poder que corrompem ideal de igualdade em uma sociedade desajustada pela falta de justiça social em detrimento da exploração capitalista.

Nesta última segunda (28/03) intensificaram os protestos contra a implantação do Polo Siderúrgico através do convênio formado entre a Companhia Vale do Rio Doce, Governo do Estado do Maranhão e a Prefeitura de São Luís juntamente com empresários chineses da BaoSteel. A sociedade civil organizada por estudantes, sindicalistas, alguns políticos, comunidades locais afetadas diretamente denunciaram o descaso que vem sendo aplicado pela prefeitura municipal de São Luís, principalmente na última Audiência Pública ocorrida na sede das Promotorias do Estado do Maranhão. Tal audiência só teve caráter consultivo, não levando em consideração os anseios e as dúvidas de como se está efetivando a implantação do mesmo, pelo fato dos três únicos interessados (o poder público atrelado à empresários locais e internacionais) de antemão não realizarem de forma democrática, assinando um convênio desde outubro do ano passado e dessa forma deliberando ações de desapropriação dos locatários, e tudo pelo argumento medíocre da prefeitura e CIA estarem alegando ter um "equívoco" referente ao que dispõe sobre a lei de zoneamento, parcelamento, uso e ocupação do solo urbano entrando em contradição leis municipais e estaduais no que se refere à área em questão, à Zona Residencial 10 conhecida como Zona Rural Rio dos Cachorros entrando em choque com interesses econômicos predatórios de um grupo social arbitrário auferindo com seus meios exclusos interpelarem interesses adquiridos diante de suas reminiscências seculares em um meio natural equilibrado com uma economia que contempla cerca de 11 comunidades interligadas na produção sustentável da pesca, agricultura, artesanato e outras atividades afins. Tudo isso para atender uma exploração desregrada de um processo global da transferência de responsabilidades de potências gananciosas na produção de excedentes que violam como exemplo o Protocolo de Kioto, cujo mesmo "luta" (através de convenções, como o próprio termo impõe, e não de ações efetivas demonstrando o limite das instituições burguesas) para redução de emissão de gases poluentes, e já que a China é a segunda maior consumidora de petróleo e carvão mineral, produtos necessários para a produção do aço (e nossa localização oferece muitas vantagens a seus interesses em exploração compulsiva por está próximo ao Grande Carajás e ao segundo maior porto marítimo do mundo, o da Ponta da Madeira). Transferem a produção de seus lucros auferidos pela exploração de mão de obra barata e legislações frágeis da proteção do meio ambiente e do cidadão para países submissos ao capital internacional como nosso em dito "desenvolvimento" onde não expressa uma responsabilidade legislativa e fiscalizadora prezando uma subserviência aos oligopólios comerciais. Diante do exposto, as tentativas frustradas do representante da prefeitura de São Luís, o presidente do Instituto de Planejamento do Município, o Senhor Marcelo do Espírito Santo, em querer expor seus números estéreis aos valores humanos em questão, recebeu junto com seus lacaios infiltrados nas comunidades com o respaldo da prefeitura para fragmentar a luta pela defesa das comunidades, como o exemplo do Senhor Ribamar Seixas, mais conhecido como o "Grande", da comunidade de Vila Conceição que tentou tumultuar agredindo dona Remédios da comunidade de Vila Maranhão, receberam vaias, desprezo, tendo a maioria da plenária virado as costas em sua intervenção em protesto a pelegagem de seu ato. Discursos tecnicistas e de natureza em plantar falsas expectativas de emprego e renda, já que a implantação do Pólo Siderúrgico requer mão de obra qualificada, e o Maranhão detém o menor índice de desenvolvimento humano (IDH), herança da oligarquia Sarney, entra em choque com a verdadeira engrenagem que sustenta até hoje essas comunidades, suas completas autonomias e auto-gestão na busca de sua emancipação à exploração. Todos os acontecimentos desta audiência ressaltam a necessidade da organização direta entre as comunidades e sociedade civil em geral, pelo tom de arrogância em que foi encaminhada contra a plenária por conta da representação do poder público, passando por cima de deliberações aclamadas em consulta da plenária, pelo simples fato de reconhecerem a formação de uma relatoria representada pelo jornalista Walter Rodrigues às custas da pressão popular, porém, desrespeitando a mesma em encerrar à revelia de consultar o desfecho do relatório e se retirando de forma sorrateira impondo que a decisão final será encaminhada por um projeto de lei da Prefeitura para a Câmara Municipal sem esgotar uma discussão e encaminhar constitucionalmente a implantação de Conselhos para democraticamente discutir e promover ou não qualquer alteração do Plano Diretor pertinente ao caso, previsto no Estatuto das Cidades.
AS MANOBRAS CONTINUAM, E PRECISAMOS ESTÁ ATENTOS A TAIS INTENÇÕES COVARDES QUE INFLIGEM A TODA POPULAÇÃO DESFAVORECIDA DE SEUS DIREITOS.

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